Mandalas

mandala divindadesMandala é uma espécie de yantra (instrumento, meio, emblema) que significa círculo mágico ou concentração de energia, em sânscrito. Universalmente a mandala é o símbolo da integração e da harmonia. A sua antiguidade remonta pelo menos ao século VIII a.C. e são usadas como instrumentos de concentração e para atingir estados superiores de meditação (sobretudo no Tibete e no budismo japonês). No budismo, a mandala é um tipo de diagrama que simboliza uma mansão sagrada, o palácio de uma divindade.
Em rigor, mandalas são diagramas geométricos rituais: alguns deles correspondem concretamente a determinado atributo divino e outros são a manifestação de certa forma de encantamento (mantra).
As mandalas seguem um formato simbólico preciso. A sua forma circular é constituída por um aro exterior de fogo, que confere uma natureza protectora à mandala, permitindo que se visualize a eliminação simbólica das impurezas, à medida que se vai entrando no centro da mandala. O 2º círculo é constituído por um aro de diamantes (vajras), que simbolizam a qualidade indestrutível da iluminação (representa a firmeza do poder espiritual). O último círculo é composto por pétalas de lótus que simbolizam a pureza.
Seguidamente, são desenhados os limites do “templo sagrado” (vimana) o qual representa as 4 entradas ou portas (dvara). O interior do espaço sagrado é visto como axis mundi, representando o macrocosmos no microcosmos, ou seja, o mundo no interior do ser. É a morada das divindades e também representa a relação do ciclo de morte e renascimento (samsara) com o nirvana ou moksha.
As mandalas são, no fundo, a representação do mundo cosmo-gonológico, sendo que a divindade central determina as qualidades do cosmos. Na liturgia (puja) a mandala é o local onde uma divindade é invocada por um mantra. Ao conjugar o mantra com a mandala, esta torna-se a divindade em si mesma.

Algumas mandalas para colorir: