Ego


Existe em nós uma luta constante para dar sentido ao nosso próprio mundo de experiências, uma procura de explicações para nossos fenómenos internos, nossos comportamentos e sentimentos. Para satisfazer essa busca, evitando a angústia e mantendo o autorrespeito, criamos “explicações” altamente racionais para factores emocionais e motivacionais, para justificar nosso eu (ego); buscamos “boas razões”, ainda que falsas, para as nossas atitudes e fracassos.



 

 

 

 

 

Mecanismos de defesa


Os mecanismos de defesa são ações psicológicas que têm por finalidade reduzir qualquer manifestação que pode colocar em perigo a integridade do ego, quando o indivíduo não consegue lidar com situações que por algum motivo considere ameaçadoras. São processos subconscientes ou mesmo inconscientes que permitem à mente encontrar uma solução para conflitos não resolvidos no nível da consciência. As bases dos mecanismos de defesa são as angústias.

Os mecanismos mais comuns são a Repressão, a Regressão, a Projecção, a Formação Reactiva e a Sublimação. O que difere a racionalização da dissimulação, por exemplo, é o facto de que tais “explicações” não serem simples mentiras, geralmente não estamos em boas condições e nem temos a intenção de enganar, simplesmente não estamos conscientes das deformações em nosso pensamento. Ela também pode ser confundida com a razão, apesar de não existir uma linha muito clara que diferencie as duas, e de que a razão também pode ser influenciada por fatores emocionais e motivacionais, na racionalização há uma nítida preocupação em justificar a si mesmo; consequentemente tomamos uma atitude agressiva contra os contestadores de tais “explicações”, uma vez que são as defesas de nosso ego.

Outros mecanismos de defesa do Ego

 
QUEM PENSAMOS QUE SOMOS (EGO)


O Ego possui uma falsa vida própria, e como todas as formas de vida luta arduamente para sobreviver. Por isso estamos cansados de nós mesmos. Preferimos a infelicidade conhecida a sermos felizes com o novo, nos agarramos justamente àquilo de que pedimos para ser libertados.
O Ego é nosso poder mental virado contra nós mesmos.

Ele é inteligente, tem fala mansa e é manipulador como nós. Ele não é burro porque também não somos, pelo contrário, diz coisas como: “Olá, sou seu ser adulto, maduro e racional, vou ajudar você a alcançar o máximo”. Daí ele nos aconselha a cuidar de nós mesmos, sem ligar para os outros. Nos ensina o egoísmo, a mesquinhez e o julgamento.


QUEM REALMENTE SOMOS (ESSÊNCIA)


O conceito da essência é que em nosso âmago não somos somente idênticos, somos o mesmo SER: SOMOS AMOR.

Você não é quem pensa ser, você não é suas notas escolares, suas credenciais, seu curriculum e muito menos a sua casa. Não somos nada disso.Somos seres divinos, células individuais num corpo de Amor.
Acordamos do sonho que diz que somos criaturas finitas e isoladas, que somos fracos e aceitamos o fato de que o Poder do Universo está em nós.

Existe e existiram em nosso mundo pessoas ditas evoluídas, iluminadas, santas ou qualquer outra denominação que se queira dar. A maioria pensa que essas pessoas tem algo a mais que nós, mas elas tem algo a menos que nós: O EGO. Elas operam apenas com a essência.


A verdadeira evolução é colocar o Ego como expressão da essência e não do medo.

Todo ser humano sente um anseio interior mais profundo, este anseio provém da sensação que deve existir, e existe. Um outro estado de consciência mais pleno e uma maior capacidade para viver a vida. O paraíso existe e, apesar de estar dentro de nós, não é um lugar, é uma decisão.


 

O TREINO DO EGO

Através da meditação podemos usar um dos nossos sentidos mais atrofiado devido à mecanicidade trazida pelos nossos pensamentos, que é a CONCENTRAÇÃO.

O exercício consiste em concentrarmo-nos ao máximo sempre buscando o SILÊNCIO MENTAL. Devemos usar um ponto de apoio para a concentração (as batidas do coração, o som sssss da glândula pineal ou até mesmo a respiração).